sexta-feira, 20 de maio de 2016


Se eu me encontrasse com Deus


" Se eu me encontrasse com Deus iria lhe perguntar: Porque é que sofremos tanto quando viemos pra cá? Que divida é essa que o homem tem que morrer pra pagar? Como é que Ele é feito, que não come e não dorme e vive satisfeito, porque foi que não fez a gente do mesmo jeito? Porque existem uns felizes e outros que sofrem tanto nascidos do mesmo jeito criados no mesmo canto? Quem foi temperar o choro e acabou salgando o pranto?" Leandro Gomes de Barros

Este texto de Leandro Gomes de Barros se não mexe com o nosso imaginário, no mínimo mexe com a nossa inquietação em relação à Deus e a nossa existência, se não mexe com a nossa fé, no mínimo mexe com as nossas mais profundas duvidas dentro da própria fé.
Se não mexe com a nossa mente, no mínimo cutuca o nosso coração que não é pedra mas de carne e muito pouca força em si mesmo.
Se não mexe com nossa história, no mínimo provoca as grandes questões latentes em torno de todo universo.
Mas a questão não é se mexe ou não mexe com todas as questões citadas acima, mas trata-se do encontro da nossa inquietude, pequenez e finitude com Aquele que é Grande, Eterno e em cujo coração não há imperfeição alguma, nem resposta alguma que não caiba em qualquer pergunta acerca de si mesmo.
A questão não é se ficamos comovidos e perdidos dentro de nossas próprias duvidas, mas se de fato encontraremos as respostas que sejam satisfatórias aos questionamentos que não temos claridade alguma durante toda nossa jornada diante desta terra.Mas encontrar-se com o Criador é sempre algo sublime ainda que cercado e tomado de muitas perguntas.
Valerá o encontro, e a duvida do encontro também vale, apesar de todo sofrimento em que nos metemos, e toda dor que nos submetemos, valerá o encontro.
Saberemos que sim, o pranto foi temperado de um sal que passou do ponto, que a desigualdade habita em todo canto, mas valerá a espera deste tal encontro.


Carlos Eduardo tmi
@edumissaointegral